DÍZIMO

"Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria"

2 Cor 9, 7

O QUE É O DÍZIMO?

A palavra dízimo quer dizer a décima parte de alguma coisa ou dez por cento. Na Bíblia, significa a décima parte dos bens que cada família produzia e ofertava a Deus, em sinal de gratidão: os sacerdotes recebiam dez por cento dos produtos da terra, para a manutenção do templo e dos serviços religiosos (cf. Ne 10, 38-39; Tb 1, 8; Ml 3, 10).

O dízimo pressupõe: fé, gratidão, generosidade, senso de corresponsabilidade, consciência da dimensão econômica da evangelização. Por isso, a CNBB assim define o dízimo: “O dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume, corresponsavelmente, sua sustentação e a da Igreja. Ele pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização.” (CNBB, Doc. 106, N.6)

Uma resposta de gratidão e sinal de corresponsabilidade

Sim, o dízimo para a Igreja, é um gesto de gratidão a Deus por tantos benefícios recebidos. A devolução do dízimo nasce do coração sensível. É um ato de amor a Deus e aos irmãos. Uma resposta de fé e de corresponsabilidade pela evangelização, pois tem dimensão econômica.

Muitos se questionam sobre a quantia dos 10%. Quanto a isso, é importante se perguntar sobre a medida da própria gratidão. Cada um é chamado, antes de tudo, a avaliar-se! Deus não gosta de nada forçado e nem de medidas mesquinhas!

Biblicamente, eram dez por cento o que os fiéis judeus davam para a manutenção das despesas do templo e dos sacerdotes. Mas o Dízimo é uma questão de generosidade: Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria” (2 Cor 9, 7). Não se trata de uma questão matemática, mas moral, espiritual! É desse modo que Paulo reflete com a comunidade de Corinto. O importante é que o dizimista se sinta livre e corresponsável, dando fielmente a sua contribuição mensal. “Quem é generoso progride na vida” (Pr 11, 25).

O dízimo, devolvido com amor, faz-nos mais generosos e isso agrada a Deus. Faz-nos mais desapegados dos bens terrenos, menos egoístas. Isso é sinal de amor. Nesse sentido, quando manifesta a bondade do coração do fiel, contribui diretamente para nossa salvação.

Lembremo-nos do que Jesus Cristo declarou: “Quem der ainda que seja apenas um copo de água fria a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, eu garanto a vocês: não perderá a sua recompensa" (Mt 10, 42). O dizimista, portanto, é o fiel que assume um compromisso de vida cristã baseado na generosidade.

QUEM DEVE SER DIZIMISTA?

Todas as pessoas que participam da vida da Igreja e tem uma fonte de renda são convidadas a serem dizimistas. Ninguém, nessa condição, está dispensado de manifestar sua gratidão a Deus para a promoção da fé.

A obrigação do dízimo vem da generosidade do próprio coração. Se o fiel católico se sente parte integrante da Igreja, então não está dispensado de contribuir para que ela seja sempre viva, forte, atuante e tenha todos os meios necessários para que a Palavra de Deus chegue aos mais afastados. O dízimo é manifestação da consciência da partilha!


ONDE O DÍZIMO É UTILIZADO?

Os recursos financeiros provenientes das paróquias não pertencem ao pároco. Isso não existe para a Igreja Católica. O pároco não tem um percentual sobre o dízimo arrecadado. Isso é importante saber! Então reflitamos para onde vai o seu dízimo.

Ele deve ser entregue mensalmente porque as despesas ordinárias da manutenção da Igreja são pagas todos os meses. O recurso proveniente do dízimo é aplicado nas seguintes despesas: pagamento de funcionários, encargos sociais, assinaturas de subsídios e revistas, energia elétrica, água, telefone, internet, material de limpeza, manutenção das estruturas físicas e técnicas, despesas pastorais (eventos), formação, manutenção dos sacerdotes, material litúrgico (toalhas, velas, flores, papel, vinho, hóstias…), transportes, partilha com a (Arqui)diocese, ações missionárias, Caridade, etc. Visto que todos os meses temos contas a pagar, então todo mês cada fiel é chamado a colaborar para que tudo seja pago. A Igreja é nossa!

A partir dessas diversas despesas podemos perceber que o dízimo tem muitas dimensões: administrativa, religiosa, eclesial, ética, missionária, caritativa. Lamentavelmente, muitas paróquias, por causa da frágil corresponsabilidade dos fieis, têm dificuldades para avançar na evangelização por falta de recursos. Isso é muito grave!

O dízimo é bênçãos de Deus!

Na Bíblia Sagrada encontramos referências sobre a relação entre dízimo e bênçãos: Deus usa de muitas formas para derramar sobre nós suas bênçãos e, a seu tempo, vai recompensar todos aqueles que fizeram o bem e foram generosos neste mundo.

Por meio do profeta Malaquias, Deus diz: “Tragam o dízimo. Façam essa experiência comigo. Vocês vão ver se não abro as portas do céu, se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (Ml 3, 10). “A ti, Senhor, pertence o amor, porque tu pagas a cada um conforme as suas obras" (Sl 62, 13; Pr 24, 12). “O Senhor retribui a oferta e Ele, em troca, lhe dará sete vezes mais” (Eclo 35, 7-10).

Com o dízimo dos fieis a Igreja se fortalece e as possibilidades de fazer o bem e divulgar a Palavra de Deus aumentam. Por isso, a sua participação é muito importante! Manifeste que você é uma pedra viva da Igreja e por ela se sente corresponsável.

Certo é que a Igreja é obra de Deus e o seu Senhor vai retribuir a todos aqueles que foram generosos para com ela: “Eis que venho em breve, e comigo trago o salário para retribuir a cada um conforme o seu trabalho” (Ap 22, 12).

DIMENSÕES DO DÍZIMO

Dimensão religiosa

A primeira dimensão do dízimo é religiosa. Tem a ver com Deus. Diante de tudo o que tenho e trabalhei para ter, Deus é sempre a fonte última. Qualquer outro fundamento primeiro não está certo. Ele é o Senhor de tudo. Ao contribuir com o dízimo, o fiel deve dizer no seu interior: “obrigado, Senhor”. 

Dimensão eclesial

Em segundo lugar, tem a ver com a comunidade eclesial. Eu estou e sou Igreja de Jesus Cristo. Isto significa que, quando comentamos algo da Igreja, falamos de nós mesmos. A formação dos membros da comunidade, com cursos e atualizações, juntamente com todo o tipo de catequese é essencial hoje. Sem essa formação, não é possível ser cristão hoje.

Dimensão missionária

Em terceiro lugar, o dízimo deve ser missionário. Isto em duas dimensões. Primeiro, em ir, sair, levar a Palavra. Isto sabemos que custa. E é um recurso bem aplicado. Em segundo lugar, em ser missionário com as paróquias que tem menos condições. Não é bom que haja tanta disparidade de recursos de uma com a outra. 

Dimensão caritativa

Em quarto lugar, a dimensão caritativa, que se manifesta no cuidado com os pobres, por parte da comunidade. Os primeiros cristãos diziam que “entre eles ninguém passava necessidade” (At 4, 34). Este cuidado pastoral com os necessitados é profundamente evangélico e nunca deve ser esquecido. Deve-se prever, no orçamento anual, este gasto paroquial. Enfim, os recursos advindos da contribuição com o dízimo servem também para a manutenção e conservação dos bens e propriedades das comunidades: funcionários, templos, salões, casa do padre, carro, alimentação e tantos outros itens.

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